Com a chegada das baixas temperaturas de inverno, muitas pessoas sofrem com as oscilações climáticas. O tempo seco e a baixa umidade relativa do ar são fatores que contribuem para o aumento das alergias respiratórias devido à alta concentração de poluentes na atmosfera.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, as alergias atingem, em média, 30% da população mundial. Especialistas estimam que, até o final do século, metade dos brasileiros deve sofrer com diversos tipos de alergias. No entanto, o número de casos aumenta durante o inverno porque é quando os maiores níveis de poluentes no ar costumam irritar as vias respiratórias com mais frequência e, nessa estação, ocorre a já conhecida inversão térmica, quando uma camada de ar frio mais pesada acaba descendo à superfície terrestre e retendo os poluentes.
veja mais matérias do caderno Bem-viverO ar frio também atua como irritante das vias aéreas, o que acarreta mais sintomas alérgicos, como a falta de ar e a coriza. Além disso, a maior circulação de vírus, como o da gripe e do resfriado, influencia diretamente no aumento de doenças do aparelho respiratório.Com isso, há uma redução dos mecanismos de defesa do organismo, o que propicia o aparecimento de doenças respiratórias.Conforme a médica pneumologista que atende no Vida Card Santa Maria, Micheli Limana Stangherlin, essas doenças ligadas ao inverno são principalmente as infecciosas por vírus e bactérias, como gripes e resfriados.– Há ainda as sinusites, rinites alérgicas e exacerbações de doenças respiratórias crônicas pré-existentes, como, por exemplo, a asma – diz a médica.Sobre as causas, a profissional explica que, além desses fatores já citados, há ainda as infecções virais frequentes, e, também, ao uso de casacos e cobertores que ficaram guardados por muito tempo.– As causas podem ser por germes como vírus, bactérias e, também, alérgicas e imunológicas – complementa.
PRINCIPAIS SINTOMASQuando se trata em saúde, é preciso estar de olho a qualquer sinal de que algo não esteja bem. Ou seja, prestar a atenção nos sintomas de algumas doenças respiratórias. A pneumologista Michelli explica cada um deles para diferentes males.– Os sintomas de gripe incluem febre, dor no corpo, tosse e dor de cabeça, entre outros. Já os de um resfriado apresenta sintomas mais brandos. No caso dos quadros alérgicos, aparecem espirros, coriza, congestão nasal, coceiras nos olhos e nariz – exemplifica a médica.
MEDIDAS SIMPLESO ditado ‘melhor prevenir do que remediar’ é muito válido também para as doenças respiratórias. E uma das maneiras mais eficazes de prevenção é evitando o contágio através de medidas simples.– Ações como lavagem das mãos, uso de máscara, higiene do ambiente, optar por espaços arejados, livres de poeiras e possíveis mofos são essenciais. A realização das vacinas preventivas também é uma ótima indicação – sugere a profissional da saúde (veja mais métodos de prevenção no quadro ao lado):
DICAS PARA BOA IMUNIDADE
Mantenha o organismo hidratado
Evite fumar ou se expor a ambientes com muita poeira ou fumaça
Mantenha o ambiente arejado. As bactérias ficam concentradas em ambientes fechados, por isso é importante evitar esses locais fechados
Evite o contato com pessoas gripadas ou com resfriados, pois essas doenças são adquiridas pelo ar
Mantenha a respiração sempre pelo nariz e não pela boca, pois as narinas têm a função de filtrar o ar e aquecê-lo
Lençóis, edredons e roupas devem ser expostos ao sol e lavados sempre que necessário (quem já têm problemas respiratórios como bronquite, asma e sinusite deve evitar o contato com bichos de pelúcia, tapetes e produtos que têm pelos)
A alimentação deve ser balanceada com sopas e caldos ricos em verduras e legumes. As frutas são essenciais, principalmente aquelas que contêm vitamina C. Elas ajudam a prevenir gripes e resfriados